A cremação – processo de cremar o corpo de um morto num crematório – é muitas vezes confundida com a inumação que consiste na colocação da defunta ou do defunto na sepultura ou no jazigo. É regida pelas suas próprias regras e requer arranjos florais adequados, deve a sua crescente difusão à evolução das nossas sociedades.

O que é a cremação?

Consiste em cremar o corpo de um morto num crematório público ou privado. As cinzas da defunta ou do defunto são depois recolhidas numa urna antes de serem enterradas, espalhadas ou guardadas num columbário. Não é necessariamente acompanhada por uma cerimónia num local de culto, é o oposto de um enterro, em que os mortos são enterrados com homenagens religiosas.

Evolução da cremação

O primeiro crematório em Portugal abriu em 1925, no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa. Encerrou em 1936 e reabriu em 1985. Até 2002, só havia três crematórios em todo o país – o do Alto de São João em Lisboa, o do Prado do Repouso no Porto e o do cemitério de Ferreira do Alentejo. As cinzas do corpo de um morto são recolhidas numa urna. Esta prática é tolerada pela Igreja Católica desde 1963. Em Portugal, representa em média mais de 20% das exéquias.

Cremação

Por que escolher a cremação?

Segundo os especialistas, há várias razões para haver uma substituição significativa das inumações por este processo. Em primeiro lugar, há a diminuição das práticas religiosas, que é acompanhada pela vontade de organizar rituais simples que sejam mais amigos do ambiente. A cremação também responde ao desejo da defunta ou do defunto de não se tornar um fardo humano e financeiro para os seus entes próximos. Após a cremação, as cinzas do corpo da defunta ou do defunto são recolhidas numa urna e seguidamente são enterradas, espalhadas ou depositadas num columbário.

Uma prática urbana

Em Portugal, a cremação é uma tendência crescente sobretudo nas zonas urbanas e representa mais de metade das exéquias em grandes cidades como Lisboa. A nível europeu, há uma verdadeira disparidade nesta prática entre os países do norte e do sul da União Europeia. Por exemplo, as cremações representam 95% das exéquias na Dinamarca em comparação com apenas 13% na Itália.

Liberdade de escolha

A cremação é geralmente um processo menos dispendioso do que a inumação e permite mais liberdade na organização da cerimónia, nomeadamente sobre decoração ou sobre a escolha de textos e música. Embora a cremação seja permitida nas religiões católica, protestante e budista, é proibida no Islão e na religião judaica.

Flores e decoração

Numa cremação, a decoração floral também permite mais liberdade sobre as formas e as cores dos arranjos. O tipo de elementos, contudo, é muito regulamentado por razões óbvias de saúde e segurança. As flores aconselhadas para uma cremação são as rosas, os ramos de flores cortadas e composições florais criadas com elementos naturais e adequados.

Palma de flores lilás de luto - Interflora

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