A flor cravo é muito apreciada em Portugal pela sua beleza e fragrância. Mas a decoração com cravos não se limita aos espaços interiores no quotidiano. É, por isso, a flor escolhida para ornamentar as festas e cerimónias onde as suas formas, coloridos das pétalas e perfume têm grande relevância nos arranjos e composições florais. Descubra como e quando usar os cravos em festividades.
Cravos em festividades
Dia da Mãe
No Dia da Mãe é tradição oferecer um ramo de cravos às mães. No início do século XX, os cravos foram as flores escolhidas para a celebração do Primeiro Dia da Mãe. Nesta celebração que criou para a homenagear, Anna Jarvis escolheu cravos brancos porque eram as flores preferidas da mãe.
Flores de casamento
Simbolicamente, associam-se à fertilidade e, por isso, são muitas vezes a flor de preferência para ornamentar os casamentos e para o noivo e os padrinhos levarem na lapela – um elemento romântico, que diferencia os noivos, padrinhos, pajens e pais dos demais convidados.
Tradições associadas aos cravos nas festas portuguesas
Há algumas tradições associadas aos cravos nas festas portuguesas como por exemplo, o Dia da Liberdade e o Dia do Trabalhador que são comemorados todos os anos. No dia 25 de abril, o cravo vermelho é rei. No entanto, na tradição religiosa, os cravos em festividades associam-se ao São João e aos manjericos.
Dia da Liberdade
O Dia da Liberdade celebra-se a 25 de abril, data do derrube do regime ditatorial do Estado Novo em Portugal. Em plena revolução, uma mulher do povo que levava uma braçada de cravos vermelhos – Celeste Caeiro – ofereceu a um militar o que tinha: um cravo vermelho. Então, o militar colocou-o no cano da sua arma e os companheiros repetiram o seu gesto até Celeste oferecer todos os cravos que tinha. Assim, sem saber, o seu gesto humilde e bem-intencionado iria dar o nome à revolução – a Revolução dos Cravos.
Esta revolução sem sangue derramado, guiada pela música e celebrada com flores é um importante símbolo de liberdade e luta para os portugueses. No dia 25 de abril, os cravos vermelhos invadem os espaços públicos como, por exemplo, a Assembleia Nacional, as janelas e os espaços interiores das casas. Neste dia, os portugueses saem à rua com o cravo de 25 de abril ao peito. Em Portugal, o Dia da Liberdade é uma das mais importantes tradições associadas aos cravos nas festas portuguesas.
1 de maio – Dia do Trabalhador
Tal como no dia 25 de abril, a decoração com cravos vermelhos é uma tradição. E, por isso, são as flores eleitas para ornamentar os espaços públicos, as casas e para exibir orgulhosamente ao peito.
Festa de São João
Na tradição religiosa a decoração com cravos dos altares e das igrejas é muito frequente. Por exemplo, o cravo é a flor associada ao culto de São João. Segundo a tradição, se as raparigas solteiras atirassem, das janelas, cravos à passagem do andor do santo e caso nele caíssem, o casamento com o seu namorado estava assegurado. Atualmente, os cravos marcam a sua presença nas coroas de cravos naturais dos figurantes da procissão. A decoração com cravos do andor do São João é igualmente uma tradição. Após a festa, o andor é desmontado e a imagem volta para o retábulo da capela-mor. Então, os cravos que decoraram o andor são distribuídos pelos fiéis, cumprindo a tradição.
Santos Populares – Manjericos
Em Portugal, celebra-se o Santo António (13), o São João (24) e o São Pedro (29) durante o mês de junho. Os arraiais enchem as ruas com festões, balões de papel coloridos e flores. Assam-se sardinhas na rua que se comem no pão. A noite prolonga-se nos bailes. Não faltam os vasos de manjericos enfeitados com um cravo de papel colorido que é mensageiro de uma quadra de amor – um presente incontornável!
