O Visco de Natal esconde mitos, lendas e tradições. O pinheiro, a poinsétia, o visco e o azevinho são algumas das ramagens com que decoramos as nossas casas durante as festividades natalícias. Uma das mais apreciadas é o visco, considerado uma planta sagrada e mágica em muitas culturas europeias desde tempos imemoriais.
Na Interflora, queremos revelar-lhe as histórias ancestrais que se escondem atrás de uma das variedades mais especiais da época natalícia. Mas antes, vamos conhecer as suas caraterísticas e peculiaridades.

O que é o visco?

Nativos das regiões temperadas ou tropicais da América, Europa e Ásia Ocidental e Meridional, existem mais de mil variedades de visco no mundo. O mais curioso é que se trata de uma planta semi-parasitária e cresce nos troncos e ramos de árvores como a macieira e o carvalho. Penetra nas suas raízes para extrair nutrientes e, além disso, é capaz de realizar a sua própria fotossíntese. A espécie europeia, Viscum album, é um arbusto verde com flores amarelas e bagas brancas. É utilizado há séculos na preparação de medicamentos naturais.

Visco de Natal

Os poderes mágicos do visco

O visco foi considerado por muitas culturas uma planta com poderes mágicos capazes de curar doenças, proteger e atrair boa sorte. Segundo a lenda, o visco teria sido criado com um elemento que não seria do céu nem da terra. Como as suas raízes nunca tocam o solo, teria poderes mágicos. Daí o costume de o colher sem permitir que caia ao chão e de pendurar os ramos. Era considerado um símbolo de paz e um poderoso amuleto de proteção. Na mitologia druida, o visco sagrado era colhido na lua nova antes do solstício de inverno. Um sacerdote druida colhia o visco com uma pequena foice de ouro, não podendo deixar cair nenhum dos ramos no solo. O visco também é conhecido por «erva-dos-druídas».

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O visco na mitologia nórdica

Na mitologia nórdica, Baldur, filho de Odin, não parava de ter sonhos premonitórios sobre a sua própria morte. Frigg, a deusa do amor e da fertilidade, pediu a todos os seres que cresciam na Terra que jurassem proteger o filho do mal. Assim, Baldur tornou-se invencível. O seu ciumento irmão Loki percebeu que o visco não cumprira o seu juramento pois não crescia na terra. Por isso, fez uma seta de visco para matar o irmão. Algumas versões dizem que após a morte do seu filho, Frigg chorou sem consolo e as suas lágrimas transformaram-se nas bagas brancas do visco. Vendo o seu sofrimento, os outros deuses ressuscitaram Baldur, pelo que foi considerado um símbolo de amor e amizade.

Tradições do visco

A origem das mais antigas remontam às culturas grega e romana. Diz-se que os gregos foram os primeiros a utilizar o visco nas cerimónias de casamento por representar a fertilidade, devido à sua capacidade de se reproduzir e crescer nos ramos das árvores. Os romanos celebraram os Saturnais, um festival em honra de Saturno, o deus da agricultura, a quem fizeram oferendas com esta planta, capaz de sobreviver em situações adversas. O visco também era associado ao amor e à paz. Era pendurado nas portas dos lares para os proteger do mal e utilizado na reconciliação dos casais que se beijavam debaixo dos ramos da planta. Segundo uma velha lenda do visco, colocava-se um ramo de visco sobre o berço do bebé para o proteger.

O beijo debaixo do visco

A cultura americana aproximou-nos desta tradição do visco através dos seus filmes e séries de televisão, mas na Europa o visco é associado ao Natal e ao renascimento. Segundo uma lenda do visco escandinava, duas pessoas que se encontram debaixo de um visco devem beijar-se. O beijo debaixo do visco celebra assim a ressurreição de Balder, divindade da mitologia nórdica. Esta tradição do visco expandiu-se em todo o mundo. Foi celebrizada por Aretha Franklin com a canção de Natal «Kissing by the Mistletoe» – «Beijando-se sob o Visco».

Ramo de visco

Santa Lúcia e o Visco de Natal

Em alguns países do norte da Europa de origem celta há o costume de queimar o visco no dia 13 de Dezembro, Dia de Santa Lúcia. O ritual consiste em queimar o visco que tem estado pendurado dentro de casa desde o Natal anterior para remover todos os males que ocorreram durante esse ano e substituí-lo por um novo ramo fresco. Esta tradição do visco vem da crença no poder mágico da planta que «fica entre o céu e a terra» (pode crescer sem tocar no solo, mas não pode sobreviver sozinha). Em tempos antigos coincidia com o solstício de Inverno, ligado ao início de um novo ciclo.

O Visco de Natal

No Natal, o visco compõe coroas, grinaldas, centros de mesa e outras decorações. Mas qual é a origem desta tradição do visco?

Séculos antes de se celebrar o Natal, o visco era já usado em diversas celebrações. As suas origens remontam às culturas do norte da Europa. Na mitologia celta, trazer visco para casa era abrigar do frio os espíritos da floresta que agradecidos protegiam a família. Os romanos colhiam visco e ofereciam-no a Saturno durante as festividades da Saturnália. Estas festas do solstício de Inverno celebravam-se numa data muito próxima daquela em que se celebra o Natal.

Com uma história profunda enraizada em muitas culturas, o visco representa amor, paz e fortuna. É tudo o que desejamos para os nossos entes queridos.

Na Interflora, preparámos uma seleção de plantas e flores de Natal como centros de mesa, arranjos florais e coroas. Ofereça e decore a sua casa com flores e plantas de Natal. Viva um Natal cheio de magia e ilusão!

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